domingo, 17 de janeiro de 2010

Angústia

O telefone toca.Como o filho da puta toca.E eu não atendo.
Não atendo porque tenho medo - e vontade - de que seja ela.
Vontade, é claro, pela falta que a doce voz me faz, pela falta que o êxtase maior do que qualquer lascívia - em encontro de corações pela voz - me faz.Mas temor e pavor de que a formosa voz venha me dizer que é, de fato, a última vez que ouvi-la-ei.E eu pressinto - talvez por apaixonado devaneio - que é ela de fato.
Como entram pessoas no msn!Puta merda!
E toda vez, quando o computador vira a madrugada aguardando-a, levanto assustado, buscado o minímo contato com minh'alma de mim separada.E nunca é ela.
Devo me acustumar.
E eu me esqueci de dizer, meu caro amigo, o motivo de minha angústia.É que eu tinha o direito a ela até o dia de hoje e isso foi-me estirpado.Estuprada minha alma em suas duas vertentes.
Mas, sabe, não farei nada contra os algozes de tal vil ardil.Nunca.
Cabem aqui as palavras milenares de um livro desprezado(sem referência para evitar julgamentos de autoridade):"Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará."
Palavras que me consolam.

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