domingo, 14 de fevereiro de 2010

Largo da Ordem

Eu ando, para lá e para cá.Poeticamente e com meu whisky na mão eu olho o céu.Não há uma estrela sequer.Deus, eu daria muito para ver só uma estrela agora.
Cigarro na mão, olhos bem verdes.Olhos que me olham, mas não me vêem.
Os olhos, aqueles que me vêem, eu penso, estão de mim separados.
Nem sei se ela me ama.Nem sei se ela se importa.Nem sei onde ela está.
Eu ainda prefiria que ela me ligasse a ver uma estrela, penso de novo.
Mas ela não liga.Não posso deixar de pensar que não se importa.Que tem outro em meu lugar.Mas, até isso é irrelevante.Eu a amo e não é circunstancial.
Me sinto ainda mais morto por ela não poder ver o que me tornei - resultado de seus tão sacros esforços.
Ela deixou um menino, mas faz um homem sofrer.
Homem que não tem ninguém e nada.Que é vazio sem ela.
Que espera todos os dias, ao menos uma mensagem, uma ligação, um sinal.
Mas ele, nunca, nunca vem.E isso dói.

1 comentários:

Bruno Silva disse...

Isso dói demais. Esse homem tem que curar isso. Puta dor imaculada que não se despede!!

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